Casa de Correção
Parte do mobiliário do acervo tombado do Palácio Piratini foi executado pelos detentos do antigo presídio de Porto Alegre: a Casa de Correção.
A lei para se construir uma Casa de Correção foi assinada em 27 de junho de 1935, na Sessão Preparatória para instalação da Assembleia, assinada pelo então presidente da Província do Rio Grande de São Pedro, Antônio R. F. Braga. O prédio situava-se na chamada Ponta da Cadeia, próximo à Usina do Gasômetro, com fundos ao rio Guaíba.
O local oferecia diversas oficinas, como marcenaria, carpintaria, serralheria, palhas, fotografia, jardinagem, arames, mosaico, barbearia, alfaiataria, padaria e cozinha.
A produção dessas oficinas tinha como destino o comércio e a indústria locais. O governo gaúcho contratava móveis da instituição para escolas públicas e, durante a construção do Piratini, Borges de Medeiros encomendou 10 conjuntos mobiliários para a sede do governo, e temos 33 móveis em nosso acervo.
Em 1954, os apenados iniciaram um incêndio no local como plano de fuga, o que danificou as estruturas do prédio. A Casa de Correção funcionou precariamente até 1961, quando os últimos presos foram transferidos. No ano seguinte, o governador Leonel Brizola acionou pessoalmente a chave de detonação de dinamite que iniciou a demolição.
O projeto Restauração do Mobiliário Histórico do Palácio Piratini (Pronac 180836) foi proposto pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul incentivado pelo Governo Federal - Ministério do Turismo/Secretaria Especial da Cultura através da Lei de Incentivo à Cultura Federal e tem como patrocinador o Banrisul.