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Palácio Piratini inicia recuperação de balaústres

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Ações estão sendo realizadas para limpar, restaurar e produzir novas peças. - Foto: Álvaro Bonadiman
Foi iniciado neste mês o processo de recuperação e restauro do conjunto de balaústres que compõem os jardins do Palácio Piratini. O trabalho, que pretende recompor integralmente pelo menos 200 peças, deve durar entre 10 meses e um ano. A ação faz parte da agenda permanente de preservação do Palácio Piratini.

Os balaústres são pequenos pilares utilizados com finalidade estética e também para proteção em escadas, terraços e sacadas, por exemplo. No Palácio Piratini, eles podem ser vistos na parte superior das alas governamental e residencial, nos corrimãos das escadarias que dão acesso aos jardins e ainda na divisa com a Rua Fernando Machado. Em 2006, as estruturas posicionadas nas edificações principais passaram por recuperação durante as ações do Programa Monumenta. Agora, servidores que atuam na preservação do Palácio farão a recuperação das peças restantes.

O trabalho começou com a confecção de novos itens, que vão substituir aqueles já danificados. Todos os novos balaústres estão sendo produzidos na Oficina de Restauro do próprio Palácio. Para o processo, são utilizadas dez fôrmas especiais de tamanho pequeno e outras nove de formato maior. Após preenchidos com argamassa e uma estrutura metálica, os moldes descansam por duas semanas antes de serem abertos. As peças serão gradualmente instaladas entre o peitoril e a base da estrutura original conforme forem finalizadas.


Segundo o arquiteto responsável, João Luís Ferreira da Silva, além da confecção das novas peças, o trabalho também contempla uma avaliação minuciosa de toda estrutura para definição de outras ações restaurativas possíveis.

“Os balaústres sofreram, ao longo do tempo, uma degradação por umidade e talvez até uma compressão pelo peso que tem em cima, do peitoril. Tem alguns que basta uma limpeza, tem outros que precisam de uma recuperação pequena, já outros precisam de uma substituição total, por isso montamos essa linha de produção para podermos recuperar aqueles que já estão destruídos”, explicou.

Paralelamente, de acordo com a conservadora-restauradora Ísis Fófano, que também atua no processo, será realizada uma limpeza mecânica e química nos suportes para eliminação de líquens, fungos, musgos e outros materiais orgânicos. “Enquanto os balaústres ficam nas fôrmas, nós vamos fazendo o preparo do local onde eles serão instalados com a remoção desse material biológico. Nós precisamos preparar esse espaço não só esteticamente, mas também porque esses agentes prejudicam a estrutura da argamassa. Eles vão tornando tudo mais frágil, por isso que essa limpeza também é importante para a conservação das estruturas preexistentes”, explicou a profissional.

Também será aplicada uma camada de um produto impermeabilizante nas estruturas como forma de prolongar a vida útil das peças e mitigar os danos da ação do tempo.


Oficina de Restauro

A Oficina de Restauro do Palácio Piratini foi inaugurada em agosto de 2021. O espaço fica localizado nos jardins palacianos e é formado por servidores que mantêm uma atuação permanente para recuperar e preservar pequenas peças, itens de mobiliário e outros bens imóveis e integrados que fazem parte do Complexo do Palácio.
Texto: Bruna Linhares
Edição: Mateus Gomes 

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