Palácio Piratini dá início à obra de revitalização dos pisos da Casa Civil

O carpete vermelho que por muito tempo compôs parte dos ambientes da Casa Civil, no Palácio Piratini, foi removido na segunda-feira (5/2), marcando o início de uma nova etapa de revitalização da sede do governo. Durante anos, o tapete foi utilizado no local para camuflar o mau estado do piso de madeira original, que agora passará pelo processo completo de recomposição e restauração.
A obra no assoalho era uma demanda antiga. Desde a década de 1990, tanto a Casa Civil como a Casa Militar vinham realizando procedimentos paliativos para disfarçar os problemas das estruturas de madeira, que sofreram especialmente com a ação de cupins. Na Casa Civil, no entanto, diferentemente da Casa Militar, onde todo o piso foi removido em 1999, ainda há peças de parquet originais, que serão avaliadas e, caso seja possível, reaproveitadas em um novo projeto. Ao todo, serão mais de 200 metros quadrados de piso refeitos no local.
A intervenção faz parte de um pacote de melhorias iniciado em 2023 e batizado de Borges. O nome é uma referência ao ex-governador Borges de Medeiros, que, em 1921, inaugurou o Palácio Piratini como sede administrativa, ocupando as salas que hoje abrigam os dois órgãos.
Dentro dessa iniciativa, além da requalificação dos assoalhos, também está prevista a climatização, a instalação de novas redes de elétrica e de lógica e a restauração das cortinas de madeira das janelas. Na Casa Militar, as obras já estão na etapa final.
Serviços funcionarão em outro prédio histórico
Devido às intervenções na Casa Civil, o gabinete do secretário-chefe foi provisoriamente deslocado para o Palácio do Ministério Público, onde atualmente funciona o Memorial do Ministério Público, na Praça Mal. Deodoro, 110, esquina com a Jerônimo Coelho, no Centro de Porto Alegre. As instalações foram cedidas pelo MPRS e evitam novos custos ao Executivo, pois a Casa Civil segue perto da Assembleia Legislativa e do Gabinete do Governador no Palácio Piratini.
O prédio, também conhecido como “Forte Apache”, foi construído entre 1857 e 1871 e é uma das edificações mais antigas da região. Inicialmente, a construção foi projetada para receber a Assembleia Provincial. Anos depois, em 1896, passou a sediar a diretoria de Obras Públicas, a Secretaria do Interior e, no pavimento superior, a residência oficial da Presidência do Estado, então ocupada por Júlio de Castilhos.
Com início das obras de construção de uma nova sede do governo, o espaço serviu, entre 1896 e 1909, como sede do governo do Estado, o que o tornou conhecido como Palácio Provisório. Do local, governaram Julio de Castilhos, Borges de Medeiros e Carlos Barbosa Gonçalves.
O prédio foi totalmente restaurado no início dos anos 2000.