Palácio Piratini destaca ações de preservação no XVII Encontro Brasileiro de Palácios, Museus-Casas e Casas Históricas
O Palácio Piratini esteve representado no XVII Encontro Brasileiro de Palácios, Museus-Casas e Casas Históricas, realizado entre os dias 27 e 29 de agosto, na Casa Museu Ema Klabin, em São Paulo. O diretor executivo de gestão do Complexo Palácio Piratini, Mateus Gomes, levou ao evento as iniciativas desenvolvidas na sede do governo gaúcho nas áreas de educação patrimonial, conservação, restauro e valorização da memória cultural.
A participação ocorreu na sexta-feira (29/8), durante a mesa-redonda “Representação nas casas de poder”, que também contou com a presença de Luísa Jordá, do Parque Palácio, de Minas Gerais, e mediação de Rachel Vallego, do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo.
Durante o encontro, os participantes debateram o papel das casas de governo enquanto espaços de poder e, ao mesmo tempo, de preservação histórica e cultural. Com a apresentação intitulada “Palácio Piratini – Estratégias de Preservação de uma Casa Centenária”, Mateus Gomes expôs o percurso do trabalho que vem sendo desenvolvido na sede gaúcha desde 2021, ano em que a edificação celebrou 100 anos. “O Palácio é um espaço de memória que não tinha uma estruturação que correspondesse a isso, então começamos a atuar e vencer diversas demandas”, explicou.
Durante sua fala, Gomes ainda destacou a importância de tornar a sede do governo do Estado cada vez mais acessível ao público, por meio de um trabalho que envolve programas educativos e de comunicação. Ele também reforçou a necessidade de haver um projeto de gestão estruturado para garantir a continuidade do processo de preservação.
“O olhar para a preservação do Palácio é muito recente. O tombamento no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE) é de 1986 e o do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é de 2000, então o nosso tempo é o de deixar algo substancial para que o Piratini possa ser gerenciado a partir de parâmetros de cuidados específicos dentro desse microcosmos que ele é e das especificidades que ele tem”, concluiu.
Outras perspectivas sobre as casas de poder
Além do Palácio Piratini, a mesa trouxe contribuições de outras instituições. Luísa Jordá apresentou o trabalho realizado no antigo Palácio das Mangabeiras, em Minas Gerais, transformado em Parque Palácio em 2022. O espaço, que servia como residência de campo dos governadores, foi convertido em um centro cultural e de lazer em Belo Horizonte. A gestora enfatizou o propósito de tornar o espaço cada vez mais aberto e democrático, com atividades acessíveis à comunidade.
Já a mediadora Rachel Vallego, representante do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo de São Paulo, que abrange os palácios dos Bandeirantes e Boa Vista, reforçou a importância da articulação e da troca de experiências entre diferentes instituições. Para ela, as realidades semelhantes e também as particularidades vivenciadas por esses espaços podem ser transformadas em soluções conjuntas, que favoreçam ainda mais a sensibilização ao cuidado e à preservação.
Sobre o encontro
Com o tema “Museus-casas: múltiplas narrativas”, a 17ª edição do evento reuniu gestores culturais, curadores, arquitetos, pesquisadores e representantes de instituições de todo o país. Durante três dias, os participantes refletiram e compartilharam experiências sobre os desafios contemporâneos desses espaços de memória.
As atividades tiveram transmissão ao vivo pelo canal da Casa Museu Ema Klabin no YouTube, por onde podem ser revistas as discussões.
- Assista à mesa Representação nas casas de poder