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Ação de restauro em mobiliário tem início no Palácio Piratini

Mobiliário histórico da ala residencial começa a ser restaurado

Ação de restauro em conjunto de mobiliário tem início no Palácio Piratini
Ação de restauro em conjunto de mobiliário tem início no Palácio Piratini - Foto: Gabriel Rochol

Um importante conjunto de mobiliário do acervo do Palácio Piratini passará por um processo completo de restauro. Ao todo, são 24 peças que levam a assinatura da manufatura Jamardo Irmãos, dupla de artesãos de grande notoriedade no mercado moveleiro das primeiras décadas do século 20. Os móveis contemplam 2 dormitórios de solteiro, projetados para os cômodos da Ala Residencial.  

Ação de restauro em conjunto de mobiliário tem início no Palácio Piratini
Ação de restauro em conjunto de mobiliário tem início no Palácio Piratini - Foto: Alvaro Bonadiman

Conheça a trajetória da empresa Jamardo Irmãos desde a chegada da família ao Brasil (Tradição de família e do povo gaúcho - Palácio Piratini (palaciopiratini.rs.gov.br))  

Somente em 1928 a residência oficial do governador ficou pronta. A família Vargas foi a primeira a ocupar o espaço, apadrinhando algumas coleções de mobiliários do acervo do Palácio Piratini. Os móveis são carinhosamente conhecidos pelos trabalhadores do Palácio como os dormitórios dos filhos de Getúlio Vargas, governador do Rio Grande do Sul em 1928 e, posteriormente, presidente da República.    

Ação de restauro em conjunto de mobiliário tem início no Palácio Piratini
Ação de restauro em conjunto de mobiliário tem início no Palácio Piratini - Foto: Fundação Getúlio Vargas

Entre as diversas peças que serão restauradas estão: 

  • Conjunto 1 

2 camas de solteiro 

2 mesas de cabeceira 

1 roupeiro de 3 portas, com espelho 

1 roupeiro de 1 porta, com espelho 

1 cômoda 

1 penteadeira 

2 cadeiras 

1 mesa de apoio 

1 divã 

1 banqueta 

  

  • Conjunto 2 

2 camas de solteiro 

2 mesas de cabeceira 

1 roupeiro de 1 porta, com espelho 

1 pechiché (penteadeira) 

2 cadeiras 

1 mesa de apoio 

1 escrivaninha 

1 banqueta 

Datando do final da década de 1930, essas peças se aproximam de seu centenário. É possível notar a deterioração provocada por insetos xilófagos, que se alimentam da madeira utilizada no projeto. Esse é o principal motivo para a demanda pelo restauro dos móveis.  

Apesar de possuírem estilos diferentes – um é mais rebuscado, enquanto o outro é mais simples –, os conjuntos apresentam os mesmos tipos de acabamentos, como a pintura em laca branca e as peças de bronze e mármore. 

O diretor de Conservação e Memória do Palácio Piratini, Mateus Gomes, e a conservadora restauradora Isis Fófano receberam Társis Gradaschi em visita técnica para fazer o levantamento do estado de conservação do conjunto mobiliário. "Restaurar os móveis que compunham os dormitórios de solteiro da ala residencial é uma ação importante, porque preserva a memória do projeto decorativo do Palácio Piratini e da indústria moveleira gaúcha, assim como nos faz refletir sobre costumes de 100 anos atrás", afirma Gomes.  

Para Isis Fófano, os processos exigem uma acuidade bastante sensível. “As peças, como as laterais das camas, estavam correndo risco de se desfazerem ao menor toque. Nosso trabalho é, antes de tudo, evitar que artefatos históricos cheguem a essas condições", disse a restauradora.  

O registro fotográfico documenta o estado em que se encontram as peças do conjunto mobiliário. Devido à situação de fragilidade e deterioração em que se encontra, o transporte e a manipulação das peças mobilizaram os auxiliares do Departamento de Serviços Gerais. O trabalho exigiu bastante atenção aos pontos mais sensíveis, pois movimentos mais bruscos poderiam acarretar mais danos ao conjunto.  

Lidar com móveis de um acervo histórico pode ser fascinante e intimidante ao mesmo tempo. O auxiliar de serviços gerais do Palácio Piratini, Rinaldo Freitas, comentou sobre o trabalho com o transporte do mobiliário. “A gente fica um pouco espiado, porque sabe do valor dessas peças e que os móveis têm quase 100 anos, então dá um pouco de nervoso. E a gente sabe que transportar esses conjuntos não é o mesmo que transportar água.” 

Texto: Willian Caetano

Edição: Camila Marchesan/Secom

Mateus Gomes

 

 

 

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