Palácio Piratini recebe quase 2 mil visitantes no fim de semana do Dia do Patrimônio
O Palácio Piratini recebeu aproximadamente 1.900 pessoas durante as celebrações do Dia Estadual do Patrimônio Cultural, no último fim de semana. Esta foi a sétima participação da sede do governo do Estado na programação. O espaço esteve aberto ao público no sábado (16/8), das 10h às 17h, e no domingo (17/8), das 10h às 18h.
Ao longo dos dois dias, os visitantes puderam conhecer a Ala Governamental, parte administrativa da edificação que concentra alguns de seus ambientes mais emblemáticos, como os salões Negrinho do Pastoreio e Alberto Pasqualini, além do gabinete oficial do governador.
Entre os visitantes estava Maria Luiza Gratieri, 28 anos, estudante de Publicidade e Propaganda. Moradora de Porto Alegre, ela aproveitou o clima agradável para visitar diferentes instituições do Centro Histórico e conhecer o Palácio Piratini pela primeira vez. “Fiquei muito impressionada. De fora, a gente não imagina que seja tão bonito e tão bem conservado. O patrimônio histórico precisa ser preservado”, destacou.
Evento lembrou os 110 anos de Aldo Locatelli
Com o objetivo de ampliar o acesso do público, as visitas ocorreram de forma livre, sem mediação. No domingo, porém, às 16h, foi realizada uma atividade especial: a historiadora Luciana de Oliveira, especialista na obra de Aldo Locatelli, conduziu uma visita mediada pelos 23 murais do artista que ornamentam salas e salões do Palácio. A iniciativa integrou as homenagens ao pintor, que completaria 110 anos em 18 de agosto.
“Achei muito legal termos tantas pessoas interessadas. É uma forma de valorizarmos esse patrimônio artístico, valorizarmos o trabalho do Locatelli, que declarou que tinha um carinho imenso e que esperava muito da arte dele para o Rio Grande do Sul. É também uma forma de retribuirmos o que ele fez para o Estado, sobretudo construindo essa história através da arte dele”, avaliou Luciana.
Para a historiadora, a atividade também foi fundamental por permitir que muitas pudessem ter acesso do artista pela primeira vez. “É muito interessante porque muita gente sabe que o Locatelli existe, mas poucos têm acesso às obras dele. Como é uma obra sobretudo muralistica, não é como um museu, em que a gente vai para ver as pinturas. São espaços que a gente precisa entender para talvez entender as obras, então é importantíssimo fazer essas ações”, concluiu a pesquisadora.