Palácio Piratini recebe mais de 9 mil estudantes em 2023
Palco fundamental de decisões políticas do Rio Grande do Sul, o Palácio Piratini também vem se fortalecendo como um espaço para a educação. Em 2023, de junho a dezembro, a sede do governo estadual recebeu 9.181 estudantes para as visitações guiadas, promovidas de segunda a sexta-feira por servidores.
O número parte do período em que o serviço voltou a ser oferecido no Palácio. Antes de junho, em virtude das obras, as visitações estavam interrompidas. Desde a retomada, a procura vem sendo crescente. De junho a agosto, 73 escolas, com um total de 2.689 alunos, passaram pelo Piratini. Já nos últimos quatro meses do ano, foram 180 instituições atendidas, totalizando outros 6.492 estudantes.
As escolas que solicitaram a visitação são tanto da rede pública como da rede privada de ensino e abrangem desde o terceiro ano do Ensino Fundamental até as últimas turmas do Ensino Médio. Ao longo das visitas, os alunos podem conhecer espaços como os salões Negrinho do Pastoreio e Alberto Pasqualini, ornados com os murais de Aldo Locatelli; a pinacoteca do Palácio, com pinturas de artistas de diferentes gerações, e o Memorial da Legalidade, que resguarda itens da mobilização liderada por Leonel Brizola em 1961.
Projeto de expansão para 2024
A partir do final deste mês, em virtude da queda do movimento pelo início das férias escolares e da conclusão de obras importantes do Palácio, as visitações escolares estão interrompidas, com previsão de retorno entre fevereiro e março de 2024, quando os estudantes também voltam às salas de aulas.
Para este novo momento, a ideia é começar a temporada com um material de apoio educativo para as visitas, com conteúdos de História e História da Arte do Rio Grande do Sul, permitindo que os próprios professores possam participar da mediação. Uma página especial dentro do site do Palácio também está sendo pensada. Nela, os educadores vão encontrar todo o conteúdo à disposição, com videoaulas, proposição de atividades e materiais de apoio.
“O Palácio Piratini, com essa proposta educativa e pedagógica, é fundamental para que a gente possa compreender a história do Rio Grande do Sul, de Porto Alegre, através de um prédio histórico. Não é só a estrutura arquitetônica, mas também o que está inserido nele”, explicou a professora Luciana da Costa de Oliveira, doutora em História, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e uma das integrantes da comissão especial que elaborará do material.
A ideia é que o projeto não somente qualifique as visitas no Palácio, como também permita que os estudos prossigam mesmo após a visitação. “É muito necessário ter um material que dê base a esse professor, que permita continuar o trabalho em sala de aula. Eles serão multiplicadores do que estará no material pedagógico”, completou Luciana.
Texto: Bruna Linhares
Edição: Mateus Gomes